Pesquisadores da Faculdade de Medicina da Georgia, nos Estados Unidos, descobriram um aracnídeo brasileiro que, com uma picada, é capaz de causar uma ereção de quatro horas de duração. Coincidência ou não, a criaturinha peluda atende pelo sugestivo nome de "Aranha Armadeira" (Phoneutria nigriventer).
A descoberta pode significar uma revolução no tratamento da disfunção erétil. Os cientistas acreditam que o veneno da aranha pode vir a servir como base para uma nova cura para o problema. Seria o fim das famosas pilulinhas azuis?
"Isso é bom porque sabemos que alguns pacientes não respondem à terapia convencional. Isto poderia ser um tratamento opcional para eles", disse a fisiologista Kenia Nunes.
No estudo, publicado no "Journal of Sexual Medicine", foram usados ratos hipertensos e com o apetite sexual seriamente prejudicado. Apesar de a injeção do veneno ter normalizado o desempenho dos roedores, a pesquisa ainda está longe de acabar. Foram encontrados alguns efeitos colaterais, como: perda do controle muscular, dor intensa no bilau, dificuldade respiratória e até morte.
"Neste veneno, várias toxinas atuam com atividade diferente. Por isso, quando um humano é picado por essa aranha, podemos observar diversos sintomas, incluindo priapismo, uma condição na qual o pênis fica ereto continuamente. Ainda temos que isolar esta toxina para que os efeitos indesejados não aconteçam", explicou.
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